sábado, 22 de outubro de 2011

Culto ao sentir


Em momentos de mudanças bruscas como essa a impressão é que meu corpo todo passa a sentir. Sinto tudo em dobro e por completo. Todas as emoções que me tomam, outrora tão contidas, tão equilibradas, se tornam agora uma onda que me atinge em toda a sua imponência. É isso. Tudo nessa cidade e nessa nova vida se impõem: o ritmo frenético, as divergências, a aspereza de toda metrópole. Mas é inevitável ao fim do dia, junto com a melancolia que me toma, reconhecer agradecida que o recifense é um grande acolhedor, e me permitir voltar pra casa com um certo ar de encantamento, achando graça e beleza nas ruas de nome de poesia.