domingo, 11 de maio de 2014

Tá Chovendo Arroz

Tá chovendo arroz lá no sertão, tá chovendo alegria no meu coração. 

Hoje pela manhã acordei com um sorriso no rosto que ainda não esmaeceu, resultado dessas emoções delicadas que eu pelo menos, só senti algumas poucas vezes na vida. Ontem, casou a minha amiga. E isso podia ser pequeno se não houvesse tanta história antes, e se não houvesse tanto amor pra testemunhar.

Casou a amiga mais forte que tenho: A que vi enfrentar problemas grandes com rompantes de coragem maiores ainda. Casou a amiga mais alegre das minhas lembranças recentes: A única que vi gargalhando no altar, ao invés de chorar como essas noivas comuns. Casou uma das pessoas mais humanas que já conheci: dessas que nascem com a peculiar capacidade de sentir o mundo das outras. Casou a mais genuína de todas elas: a sertaneja que finca os pés nas suas origens e transforma tudo em forró, força e alegria.

Ontem, eu vi e senti alegria, vi e senti emoção, vi e senti nervosismo, vi e senti admiração. Mas ontem, mais que tudo, eu vi amor. Vi amor nos olhos, nos gestos e nas palavras do paulistano e da sertaneja. E eu, que ando cética dessas coisas, renovei a minha fé no mundo. Que Marquinhos e Wilma sigam tão felizes como ontem. Que Marquinhos e Wilma prossigam espalhando amor em garrafinhas decoradas. Que sigam se olhando com a ternura que guardei aqui na memória. E que sigam me dando a honra de ser atingida por um pouquinho desse amor tão bonito. Porque como me ensinaram vocês: bons amigos conhecem as melhores histórias, os melhores as vivem ao seu lado.

Que bom que o amor existe e eu pude vê-lo tão de pertinho na noite de ontem. Que bom que o amor escolheu vocês pra dizer SIM. Que bom que vocês se permitiram ser felizes pra fazer a gente feliz por tabela. Tá chovendo arroz lá no sertão, tá chovendo alegria no meu coração.

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