sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Eis que de perto ninguém é normal

Incrível como só a convivência diária e mais intensa é capaz de revelar os detalhes que a superficialidade habitual de todos nós revela, bem como só estas situações-limite das quais é impossível se desvencilhar, nos mostram com clareza onde residem os nossos confins. Tenho nos últimos tempos, topado com os meus a cada esquina. E como é estranho ver-me nesta condição destemperada. É que nada é simples nestes caminhos que optei por seguir, e a condição de equilibrar a mim mesma nesta corda-bamba de emoções e milindres de tantos, faz os dias passarem enfadonhos e repletos de sensações pesadas de carregar. A vontade era redigir um manifesto contra a gente irresponsável e colar em murais e quadros de avisos, e nas portas dos quartos e telas de computadores, mas faz parte do exercício lidar com os egos inflados e ser interpretada ao avesso. 

E de preocupar-me à toa a boca amarga logo ao amanhecer e esse lado louco, confuso e destemperado dá amostras do que Renato Russo batizou de equilíbrio distante. Fico na dúvida se desejo uma dose a mais de paciência ou de loucura. Algum palpite?